Pular para o conteúdo principal

O que são pensamentos disfuncionais?





Pensamentos disfuncionais, ou  automáticos são aqueles que brotam em nossas mentes sem que haja nenhuma reflexão ou deliberação. Costumam ser considerados como verdades incontestáveis para quem os têm, mesmo antes de qualquer avaliação.

Pessoas com transtorno psicológico com frequência interpretam erroneamente situações neutras e até positivas e, deste modo, seus pensamentos automáticos são tendenciosos. Ao corrigir os erros de pensamento muitas vezes o paciente sente-se melhor.
Normalmente o que alimenta os pensamentos automáticos são as crenças subjacentes. Ou seja informações coletadas conforme experiências de vida de cada um, verdadeiras ou não.
Albert Ellis, renomado psicoterapeuta e criador da Terapia Comportamental Racional Emotiva, falava sobre a relação entre fatos, pensamentos
e sentimentos em termos de 3 componentes:

A = fato ativador ou a adversidade (o que aconteceu – as circunstâncias)
B= Crença ou interpretação (o que a pessoa pensa sobre o fato ativador)
C= Consequências (sentimentos e comportamentos)
        De acordo com o modelo ABC de Ellis não é A (adversidade) que vai gerar C (sentimentos e comportamentos), mas sim B (interpretações sobre as adversidades) que vai indicar como nos sentiremos e nos comportaremos. Dessa forma, o elo entre a situação e uma resposta resolutiva está na forma como processamos cognitivamente essas informações.
Você já parou para pensar quais são os pensamentos negativos que constantemente ocupam a sua mente? O que esses pensamentos querem te dizer? Você tem consciência de como isso atrapalha sua vida, sua saúde e seus relacionamentos?
Pensamentos automáticos podem ser palavras, imagens ou recordações e brotam em nossa mente o tempo todo e podem alterar nosso humor e nossas reações. Estes pensamentos são incômodos, infundados e contraproducentes. Exemplo Pensamentos negativos a respeito de si mesmo: “Eu sou incapaz” ou “Nada que faço dá certo”. Pensamentos negativos a respeito do mundo ou dos outros: “Minha vida não é boa” ou “Ninguém gosta de mim”, Pensamentos negativos a respeito do futuro: “Nunca serei alguém”, “Meu futuro é incerto e sem esperanças” ou “Não serei feliz”, “vão rir de mim”, etc. O perigo é que podemos assumir pensamentos automáticos como verdadeiros.  Aquela conhecida estratégia de contarmos até dez, faz sentido quando se relaciona pensamento automático, emoção e comportamento. O famoso pavio curto, aquele que não pensa para reagir, e age sem pensar, também pode ser aqui considerado.
A boa notícia é que é possível usar a nossa mente consciente para julgar e avaliar tais impressões e concluir se vamos aceitá-las ou rejeitá-las. Os processos cognitivos (pensamentos), não devem ocorrer de forma tão automática. Antes de deixar um pensamento dominar a percepção do evento, deve ser considerado que um evento pode ter mais de uma interpretação.

Se seu pensamento for muito acelerado há maior risco de que a emoção decorrente de pensamento automático (também em maior intensidade) seja imediatamente transformada em ação sem o devido confronto com a realidade e, ai, então, se exteriorizar em comportamentos irrefletidos: impulsividade, agressividade, ofensas, ou outras atitudes antes-sociais, reprovadas. Pode ter mais compulsões, mais irritabilidade, etc. As crenças intermediárias correspondem às regras, atitudes e suposições criadas pelo indivíduo a partir das crenças centrais. Existem as crenças centrais e intermediárias surgem a partir da interação social do indivíduo com o meio. Esse processo começa nos primeiros estágios do desenvolvimento e fornece ao indivíduo uma “teoria” coerente sobre o mundo para que ele possa se adaptar a realidade. Quando essas crenças não são funcionais acarretam distorção da realidade e transtornos psicológicos como Depressão, Transtorno obsessivo-compulsivo, Fobia Social, Pânico, Ansiedade Generalizada, entre outros.










Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Emoções tem memória?

Ah, muitas coisas boas aconteceram na minha vida, mas como não esquecer que neste ano, no Colégio Dr. Roberval Beheregaray Azevedo, teve a gincana, e a minha turma de 2º ano ganhou o 3º lugar, mas comemoramos como se fosse o 1º lugar. Nem tudo são flores, muitas coisas ruins aconteceram também, a maioria delas por ter acesso a minha raiva, mas o que eu chamo de lembrança pior que tive, foi quando ainda sofria bully no mesmo colégio que eu estudo, mas agora não sofro mais. Esses são os relatos de memória que eu tive, mas mostra que as emoções ficam guardadas no nosso cérebro, tendo impactos bons ou ruins. Essa descoberta das rotas neurais responsáveis pela formação de memórias relativas a experiências emocionais primitivas como o medo abre caminho para o tratamento de ansiedade, fobia e stress pós-traumático. Mas o que isso tem a ver com o medo? Diversos motivos fizeram do condicionamento ao medo um ponto de partida ideal para estudar a memória emocional. P...